Se você é portador de diabetes mellitus, cuidado! O pé diabético é um problema causado por uma ferida que não cicatriza e infecciona, tornando-se uma úlcera diabética. Essa condição é causada por problemas de ordem circulatória. A diabetes afeta a circulação devido ao estreitamento das artérias, dificultando tanto a oxigenação, quanto a nutrição dos tecidos.
Um circulação ruim pode resultar em lesão da pele e causar pequenos cortes, escoriações e outras lesões que tentem a ter uma cicatrização problemática.
Esteja atento aos seus pés! A auto-inspeção é a chave para prevenir este problema tão sério.
Tenha em mente que o diabetes mellitus é uma doença grave, que evolui muito lentamente, que quando não controlada provoca inúmeras lesões em todo o organismo.
As infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem diabetes mal controlado, ou seja, níveis glicêmicos fora do padrão.
Um tratamento adequado e a prevenção, são as principais armas contra o pé diabético, tendo cuidados simples como: utilizar sapatos adequados, não retirar calos e procurar seu médico logo que surgir alguma alteração, é o melhor remédio.
Os primeiros sintomas do Pé Diabético
Pacientes com idade acima de 60 anos, correspondem a 60% dos casos de diabéticos no Brasil, algo em torno de 9,6 milhões de pessoas, desse grupo, METADE apresentam o pé diabético, um problema que pode e deve ser evitado.
Os primeiros sintomas que se apresentam, devido ao problema circulatório são: pés frios, pele arroxeada, pele seca e descamativa, perda de pelos e pulso fraco nos pés são sinais que os pés não estão recebendo sangue suficiente.
Outro sintoma bastante comum é a perda da capacidade do paciente de reconhecer calor e frio, além da percepção de pressão sobre os pés, facilitando a má distribuição do peso do corpo sobre os pés, facilitando assim uma pressão anormal em regiões dos pés durante o ato de caminhar, desenvolvendo pontos de pressão calosos e ferimentos na pele, tecidos moles, ossos e articulações.
Os principais sintomas do pé diabético são:
- Fraqueza nas pernas;
- Sensação de formigamento frequente;
- Queimação nos pés e tornozelos;
- Dormência nos pés;
- Dor e sensação de agulhadas;
- Perda da sensibilidade nos pés.
A maior parte dos diabéticos só percebe a gravidade do problema quando surge uma ferida ou infecção persistente.
O tratamento para Pé Diabético
70% das amputações no Brasil, são causadas pela diabetes, portanto é de extrema importância o que os diabéticos aprendam a ter uma atenção dobrada com essa doença.
O tratamento do pé diabético envolve uma equipe multidisciplinar, entre eles: endocrinologista, cirurgião vascular, ortopedistas e podólogos.
ENDOGRINOLOGISTA: este profissional deve orientar o paciente quanto ao controle rigoroso da glicemia;
CIRURGIÃO VASCULAR: responsável por avaliar a circulação dos membros inferiores;
ORTOPEDISTA: verificar os ossos do pé, que frequentemente apresentam problemas, levando a formação de calos e machucados;
PODÓLOGOS: responsável por auxiliar nos cuidados locais dos pés e unhas, para que não haja nenhum ferimento que sirva de porta de entrara para uma infecção.
O melhor tratamento é sempre a prevenção, qualquer ferimento nos pés devem ser tratados rapidamente, para evitar complicações que possam levar à amputação do membro afetado.
Infelizmente ampla maioria das pessoas só percebem que estão doentes quando há o aparecimento de feridas. O uso de sabonetes de glicerina também é indicado para os cuidados com a pele, bem como o banho em água morna. É imprescindível manter a pele hidratada, através do uso de cremes.
Pede-se sempre que as cutículas não sejam tiradas, nem o corte dos cantos das unhas. Quando as unhas se apresentarem amareladas ou esfarelada é recomendado a procura de um podólogo.
Os sapatos para o diabético
Quando se trata de calçados, o cuidado deve ser redobrado, deve sempre escolher calçados confortáveis e que não façam surgir bolhas. Evite sapatos de salto alto e bicos finos, além de evitar utilizar sapatos novos por longos períodos.
Existem no mercado, modelos de sapatos especiais para diabéticos, estes são macios e maleáveis, além de não possuir costuras internas, para evitar zonas de fricção (potenciais locais de aparecimento de lesões). O bico deve ser arredondado e reforçado, permitindo que possa movimentar livremente os dedos dentro dele. A sola deve ser rígida, mas flexível, e o calcanhar deve ter proteção.
Outra dica importante, é experimentar o calçado ao final do dia, pois é neste período que o pé pode estar inchado e deverá caber sem apertar. Normalmente, adquire-se um número acima do normal.
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